Sabe
aquela sensação de que o voto é para o menos pior e não para o melhor? Isso
acontece porque os políticos são um reflexo daquilo que nós somos…
Notícias – 29 de setembro de 2014
Por: Claudia Giron Munck é
Bacharel em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, Pós-Graduada em
Comunicação Organizacional e Relações Públicas, especializada em Mídias
Digitais.
Sabe aquela sensação de que
estamos escolhendo o “menos pior” e não o “melhor”, porque não há opção? Votar
não vai mudar nada.
Isso acontece porque os políticos
são um reflexo daquilo que nós somos. Não, não é porque você votou no que ele
representa. É porque reclamamos dos políticos, da corrupção, mas fazemos as
mesmas coisas que eles no dia-a-dia.
Nós compramos a carteira de
motorista. Mentimos ao telefone e no Imposto de Renda, compramos produtos
falsos, utilizamos peças similares ou itens que podem ter sido roubados, mas
são mais baratos. Subornamos o guarda de trânsito. Dizemos que vamos ligar e
não ligamos. Nosso sim pode significar um não ou um talvez, tanto faz. Jogamos
lixo e bituca de cigarro na rua, varremos as folhas e deixamos um restinho no
vizinho. A água está acabando, achamos que a culpa é só do governador (não que
também não seja) e discutimos isso lavando o carro.
Se nós, população, tivéssemos um
cargo público e continuássemos com o mesmo caráter e o mesmo comportamento que
temos diariamente, seríamos exatamente igual a eles. A única diferença é que o que
eles fazem assume uma proporção maior, embora não mais nem menos incorreta.
O rapaz que finge estar dormindo
e não dá lugar a um idoso no trem é equivalente ao político que desvia o
dinheiro de fundo de pensão ou de hospitais. A senhora que usa uma bolsa maior
para levar salgadinhos de um casamento não é diferente de um político que
desvia carne da merenda escolar. Mudam-se as dimensões, mas a motivação do
comportamento é a mesma.
Não temos valores, não temos
tempo para ensinar valores aos nossos filhos – eles só conhecem a galinha
pintadinha – e esperamos que alguém, algum dia, num passe de mágica, seja
correto e faça algo por nós. Mas a sociedade é aquilo que nós somos.
Quem não é fiel no pouco, também
não é fiel no muito. Então, pare de achar que o voto é que vai fazer a
diferença. Ou que simplesmente sair na rua com uma plaquinha com frase de
efeito mudará o país. O país vai mudar, quando você mudar – no pouco e no
muito.
Quando nós entendermos que
precisamos participar das atividades de nossos filhos na escola. Que os
professores precisam de salários mais altos, mas também precisam do respeito na
sala de aula. Quando passearmos com o cachorro na rua e recolhermos o cocô.
Quando nosso sim, significar sim e nosso não, significar não.
Aí sim, o país será diferente, não por causa de um político, mas por uma população que resolveu fazer a diferença, desde as pequenas coisas.
Aí sim, o país será diferente, não por causa de um político, mas por uma população que resolveu fazer a diferença, desde as pequenas coisas.
Seja no cotidiano a mudança que
você quer para o seu país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário