sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O Perfume de Cristo






O Perfume de Cristo

"Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o bom perfume de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos cheiro de morte; para aqueles fragrância de vida." (2 Coríntios 2.14,16).

A possibilidade de classificarmos um perfume demonstra que nem sempre o aroma é agradável. O cheiro ruim, geralmente, é proveniente de alguma coisa que não tem mais vida e exala cheiro de morte.
O texto bíblico em destaque nos anuncia sobre o ‘bom perfume’ que é produzido por servos de Deus que receberam a tarefa de manifestar em todo lugar a fragrância do Seu conhecimento, fragrância de vida.
Como é agradável sentir um cheiro bom de uma fruta, flor ou perfume. Em seu ministério Cristo sempre exalou amor, compaixão, misericórdia, perdão, vida. E nós somos chamadas de "o bom perfume de Cristo", que é a Graça concedida por Deus em Cristo Jesus.

Qual é o sentido de nossa vida? É cumprir a tarefa de exalar a fragrância de Cristo através da graça que Ele nos concede. Ao nos aproximamos de alguém perfumado, ou sentarmos ao seu lado, sentimos a sua fragrância. Semelhante modo, se alguém passar por nós, sentar ao nosso lado ou conversar conosco. Precisamos exalar o bom perfume de Cristo através das nossas atitudes que devem ser todos elas baseadas no viver e ensino de Cristo.
O bom perfume  de Cristo na vida do cristão se desenvolve na graça e conhecimento do Senhor, especialmente encontrado na sua Santa Palavra, através de suas atitudes, levando mudança às pessoas através do seu testemunho

"Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém." (2 Pedro 3.18), 

Para Deus este tempo de conhecimento, exalando bom perfume em atitudes, deve permanecer sempre, é o que afirma o sábio Salomão ao advertir para que nunca falte o óleo sobre a nossa cabeça.

“Esteja sempre vestido com roupas de festa, e unja sempre a sua cabeça com óleo.” (Eclesiástico 9.8).

E deve evoluir deixando a marca, a lembrança e conservando sua unidade, como vemos a oração de João ao se dirigir a Gaio:

"Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma. Muito me alegrei ao receber a visita de alguns irmãos que falaram a respeito da sua fidelidade, de como você continua andando na verdade. Não tenho alegria maior do que ouvir que meus filhos estão andando na verdade. Amado, você é fiel no que está fazendo pelos irmãos, apesar de lhe serem desconhecidos." (3 João 2-5).

Um perfume bom deve ser forte, persistente e deixar um rastro. Assim como um bom perfumista cria condições para criar uma substância que vai agradar ao seu público, o bom cristão deve fazer o mesmo para manifestar o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Pois fomos capacitados pelo Espírito Santo para sermos testemunhas da ressurreição de Cristo 

"Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra". 
(Atos 1.8).

Movidos pelo poder do Espírito, por intermédio dos dons que Ele tem comunicado a Igreja, estamos proclamando, como Jesus, o evangelho eterno da salvação, chamando ao arrependimento e a obediência da fé. 
Num mundo com tanto cheiro de morte com a violência, individualismo, mentira, falsidade, egoísmo e aqueles que preferem o engano do pecado, rejeitando o Salvador, nós somos chamados a exalar o bom cheiro de vida, que é dado por Cristo Jesus, auxiliado pelo Espírito Santo. Não deixando de reconhecer que toda a nossa capacidade vem de Deus.

"Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. (João 15.5)

Mas nenhum frasco de perfume fechado exala cheiro, e, se ele nunca for usado, perderá a fragrância e para nada serve.  Estamos proclamando, como Jesus, o evangelho eterno da salvação, chamando ao arrependimento e a obediência da fé. Queremos que todos sejam alcançados com as boas novas da salvação, o bom perfume de Cristo.
A boa notícia de salvação aos fiéis é que Cristo pagou o preço pela redenção; e esta mesma boa nova anuncia aos infiéis que eles perecerão, se não aceitarem a oferta gratuita de salvação.

Que Deus nos dê a graça de representá-Lo bem, alcançando todos com as boas novas de salvação e nos abençoe e auxilie nesta tarefa para que não sejamos um frasco fechado, mas um frasco a jorrar o cheiro de Cristo, a fragrância de vida para todas as pessoas. Amém.

sábado, 1 de novembro de 2014

O Cristão e o Halloween



O Cristão e o Halloween


"Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente". (1 João 2:15-17)


A propaganda e as comemorações são muitas para o Halloween, a chamada festa das bruxas, como se  fizesse  parte de nossa cultura. Porém, é uma festa que nada ter a ver com a cultura brasileira nem com nenhum ensino Cristão. Sua prática é dedicada à magia, à bruxaria e às crendices, não admitida na vida de cristãos, mesmo que sendo só por divertimento.
Foi na Irlanda que essa tradição Celta teve inicio quando os druidas (magos de origem celta) realizavam cerimônias de adoração ao “deus da morte” ou ao “senhor da morte” em 31 de outubro. 
As práticas ocultistas encontradas na celebração de Halloween são condenadas por Deus e as Escrituras são claras em afirmar que elas devem ser evitadas. A Bíblia faz referência às práticas de bruxaria, encantamentos, espiritismo, contatos com os mortos, adivinhações, ... ações ligadas ao Halloween.

“Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus”(Levítico 19.31)

O cristão celebra o culto de louvor e adoração a Deus, pois tem uma vida conduzida com gratidão pela salvação. O cuidado com a invasão de costumes, práticas e ritos que nos levam a festejar divindades, santidades e entidades, não pode ser negligenciado. Ressaltando que Halloween é uma festa pagã e cultua o diabo, por isso ao participar dela estaremos participando de uma festa cuja origem é adoração aos mortos e aos demônios. 
É uma cultura que celebra a morte, a escuridão e as trevas, portanto Deus não pode ter parte nisso. Se Deus não tem parte, não participaremos, porque não dá para servir dois senhores. O Deus cultuado no Halloween é o Deus da morte e da escuridão e o Deus dos cristãos é o Deus da luz e da vida. 
Constata-se que as antigas origens e os atuais costumes dessa celebração se baseiam em crenças falsas sobre os mortos e os espíritos malignos, ou demônios. Busquemos a palavra de Deus.
A Bíblia alerta: 

“Não haja em seu meio alguém que . . . consulte espíritos ou . . . que invoque os mortos.” (Deuteronômio 18.10-12)

Embora alguns considerem o Halloween como uma inocente e inofensiva diversão, a Bíblia mostra que suas práticas não são

“Não quero que vocês tomem parte nas coisas dos demônios. Vocês não podem beber do cálice do Senhor e também do cálice dos demônios.” (1Corintios 10.20,21) 

Não podemos comungar com as trevas:

“ Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? 15 Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente?” (2 Coríntios 6.14,15) 

É importante estarmos atentos e nos conscientizarmos que quando muitos praticam algo, não significa que seja certo. Muitos cristãos participam do Halloween e tentam justificar, mas o fato de crentes e de igrejas inteiras aderirem às práticas do mundo, não faz com que o erro se torne em acerto, nem que a escuridão se torne luz. Em Cristo nossa luz não será apagada ou ofuscada, ela iluminará a todos. 

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”. 
(Mateus 5:14)

A festa das bruxas não é uma festa cristã, assim como não o são também as festas Juninas, de Carnaval, da Cerveja (Oktoberfest), de Cosme e Damião, dos Círios e também as festas religiosas de qualquer natureza. O que celebramos é o Senhor Jesus Cristo. As festas de Natal e da Páscoa são importantes somente  ao destacarmos a pessoa de Cristo, não a tradição, nem tão pouco a diversão. Praticarmos a palavra de Deus com obediência e bom exemplo fará toda a diferença.



http://youtu.be/lptFawbF6Ko


Visite:
http://epreditora.com.br/gentenova/halloween-origem-significado/

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Seu Voto Não Vale Nada





    Seu voto não vale nada


Sabe aquela sensação de que o voto é para o menos pior e não para o melhor? Isso acontece porque os políticos são um reflexo daquilo que nós somos…

Notícias – 29 de setembro de 2014
Por: Claudia Giron Munck é Bacharel em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, Pós-Graduada em Comunicação Organizacional e Relações Públicas, especializada em Mídias Digitais.

Sabe aquela sensação de que estamos escolhendo o “menos pior” e não o “melhor”, porque não há opção? Votar não vai mudar nada.
Isso acontece porque os políticos são um reflexo daquilo que nós somos. Não, não é porque você votou no que ele representa. É porque reclamamos dos políticos, da corrupção, mas fazemos as mesmas coisas que eles no dia-a-dia.
Nós compramos a carteira de motorista. Mentimos ao telefone e no Imposto de Renda, compramos produtos falsos, utilizamos peças similares ou itens que podem ter sido roubados, mas são mais baratos. Subornamos o guarda de trânsito. Dizemos que vamos ligar e não ligamos. Nosso sim pode significar um não ou um talvez, tanto faz. Jogamos lixo e bituca de cigarro na rua, varremos as folhas e deixamos um restinho no vizinho. A água está acabando, achamos que a culpa é só do governador (não que também não seja) e discutimos isso lavando o carro.
Se nós, população, tivéssemos um cargo público e continuássemos com o mesmo caráter e o mesmo comportamento que temos diariamente, seríamos exatamente igual a eles. A única diferença é que o que eles fazem assume uma proporção maior, embora não mais nem menos incorreta.
O rapaz que finge estar dormindo e não dá lugar a um idoso no trem é equivalente ao político que desvia o dinheiro de fundo de pensão ou de hospitais. A senhora que usa uma bolsa maior para levar salgadinhos de um casamento não é diferente de um político que desvia carne da merenda escolar. Mudam-se as dimensões, mas a motivação do comportamento é a mesma.
Não temos valores, não temos tempo para ensinar valores aos nossos filhos – eles só conhecem a galinha pintadinha – e esperamos que alguém, algum dia, num passe de mágica, seja correto e faça algo por nós. Mas a sociedade é aquilo que nós somos.
Quem não é fiel no pouco, também não é fiel no muito. Então, pare de achar que o voto é que vai fazer a diferença. Ou que simplesmente sair na rua com uma plaquinha com frase de efeito mudará o país. O país vai mudar, quando você mudar – no pouco e no muito.
Quando nós entendermos que precisamos participar das atividades de nossos filhos na escola. Que os professores precisam de salários mais altos, mas também precisam do respeito na sala de aula. Quando passearmos com o cachorro na rua e recolhermos o cocô. Quando nosso sim, significar sim e nosso não, significar não.
Aí sim, o país será diferente, não por causa de um político, mas por uma população que resolveu fazer a diferença, desde as pequenas coisas.
Seja no cotidiano a mudança que você quer para o seu país.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Primavera




Estações na Vida


"E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder." (Atos dos Apóstolos 1:7)

Jesus adverte no livro de Atos dos Apóstolos que Deus rege tudo o que acontece neste planeta. Em Suas próprias palavras de Jesus, o Pai estabeleceu tempos e estações, pelo seu próprio poder. Porém, além das estações do tempo, existem estações em nossa vida. As lutas e sofrimentos representam o inverno. O inverno parece que não vai acabar e que a primavera nunca vai chegar. Mas ela sempre chega para tirar toda a ansiedade. E a primavera traz consigo os dias maravilhosos de sol! Ouvimos novamente o cantar dos pássaros no despertar das manhãs. E  de variadas cores belas flores renascem na terra.

"...o inverno já passou... aparecem as flores na terra e chegou o tempo de cantar" (Cantares 2.11a-12).

Inverno é símbolo de aflição.  Quando há aflições é como se uma trouxesse outra, nunca termina. Parece que não têm fim!
No inverno, temos a época mais fria do ano, marcada pela neve (em algumas regiões) e ausência de fertilidade. Assim como em nosso planeta, também em nossas vidas, enfrentamos os invernos. Aqueles períodos em que ficamos sem poder fazer nada diante das situações adversas, fechados dentro de nós mesmos e às vezes rigorosamente fechados até mesmo dentro de nossas casas e quartos, não conseguindo sentir o calor das pessoas, da motivação e do entusiasmo, não conseguindo frutificar em praticamente nenhum sentido.

Um pregador do passado (MacLaren) disse que nenhuma flor nasce no paraíso que não tenha sido plantada no Getsêmani, o lugar da profunda angústia de Jesus antes de ir à cruz. Mas fugindo a lógica, a maior alegria do cristão vem através da aflição. Assim, não nos desesperemos, pois após o inverno, vem a primavera. 

O termo primavera significa “princípio da boa estação”. A primavera é tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres. É a estação das flores. Também em nossa existência, a primavera é tempo de florescer. É tempo de sairmos de nossas prisões interiores, tempo de acordarmos do sono do período de hibernação, tempo de voltar a sonhar, de ver o colorido da vida, de fazer planos, de sair da clausura, de amar, de viver.

Há dias melhores à nossa frente. O inverno vai passar. Deus tem maravilhas para o cristão, que virão como a primavera. E depois ainda virá o verão, ainda muito melhor. O tempo de cantar não está assim tão longe!

A figueira começa a dar seus frutos e as vides exalam seu aroma – há esperança! Esperemos, pois, confiantes, seguros em nossa fé, que o Senhor Jesus sempre envia a primavera à nossa vida apesar de todo o inverno. E depois da primavera, o verão! Jesus ensinou seus discípulos que no mundo temos muitas aflições, contudo não devemos estar tão preocupados assim porque ele venceu o mundo (Jo 16.33) - e nós também seremos mais do que vencedores. – JG

O tempo pertence ao Senhor! O tempo de sua vida também está nas mãos dEle. Não se desespere quando o relógio parecer correr contra você! O seu Deus manda no tempo e está acima dele. E, na ocasião oportuna, lhe alcançará com a graça que você tanto precisa!


Como a primavera depois do inverno, o consolo de Deus vem depois da aflição.


Baseado Pão Diário - Radio Transmundial.
https://www.transmundial.com.br/radio/devocionais/

domingo, 31 de agosto de 2014

Debaixo de Suas Asas


             


Debaixo de Suas Asas



Você já foi cercado por tantos problemas, que sente que não há um lugar para ir?

Salmo 91: 4 diz: "Ele te cobrirá com as suas penas, debaixo das suas asas encontras refúgio; sua verdade será o teu escudo e broquel. "

Deus descreve a si mesmo como um pássaro poderoso e belo arqueando sua asa protetora sobre nós para o nosso refúgio. É um conforto, porque quando as contas se acumulam; quando os medicamentos perdem o efeito; quando tudo parece perdido, podemos sempre encontrar refúgio naquele que é fiel.
Há um belo hino que descreve essa proteção: 

"Sob suas asas eu estou permanecendo com segurança, 
Embora a noite se aprofunda e tempestades são selvagens; 
Ainda posso confiar nele, eu sei que ele vai me manter, 
Ele me redimiu e eu sou seu filho. 
Sob suas asas, sob suas asas, quem pode me separar de Seu amor? 
Sob suas asas a minha alma com segurança permanecerá para sempre."

As vezes as dificuldades são como prisões. Eu sei porque eu me sinto assim quando estou deitada na cama; como uma tetraplégica, não posso me mover, não posso levantar a cabeça do travesseiro ou sentar-me. É como se alguém estivesse prendendo meu pescoço, braços e pernas na cama. E, às vezes, é tão sufocante que eu mal posso respirar. Poderia ser um sentimento tão assustador. Mas quando os confinamentos da minha quadriplegia fecham-se sobre mim - eu gosto de cantar. Eu encho meus pulmões de ar e canto um hino de louvor. E o sopro de Deus enche-me com uma nova vida; canções de adoração afastam a nuvem e eu já não me sinto confinada.
Muitos anos atrás eu li um poema que descreve perfeitamente como Deus usa os seus cânticos de louvor para quebrar coisas que nos limitam. É um poema escrito por Mme. Guyon; ela era uma nobre francesa que foi jogada na prisão com acusações forjadas por funcionários da igreja. Ela ficou naquela masmorra por dez anos; mas ela escreveu alguns dos mais belos poemas durante seu confinamento. Mme. Guyon escreveu:

Um passarinho que eu sou,

"Sou um passarinho, sem campos, sem ar
Na minha gaiola sento-me a cantar
Para Quem aqui me aprisionou.
Bem satisfeito prisioneiro sou
E assim, meu Deus, quero Te agradar.


Aqui, nada tendo para realizar,
Todo o longo dia só posso cantar.
As minhas asas Ele amarrou,
Mas o meu canto muito O agradou,
Ainda Se curva pra me escutar.

Tu tens paciência para me escutar,
E um coração pronto para a mim amar.
Gostas de ouvir meu rude louvor
Pois sabes que o amor, quão doce amor!
Inspira todo esse meu cantar.

Preso na gaiola não posso sair,
Mas minha prisão não pode me impedir
A liberdade do coração
Que sempre voa em Tua direção,
Minh'alma livre, a Ti vai se unir.


Oh! Que gozo imenso poder me elevar
Para as alturas a Ti contemplar.
Tua vontade e desígnio amar
Minha alegria neles encontrar,
Livre, em Teus braços me aconchegar".


Eu me identifico com Mme. Guyon; seus ferrolhos e trancas foram a prisão, mas os meus ferrolhos e trancas são a minha cadeira de rodas. E como ela, eu encontrei a melhor maneira de afugentar os sentimentos de confinamento que é cantar para Deus. 
Se você se sente confinado pelas suas circunstâncias de vida, lembre-se, não só deste poema que eu compartilhei, mas lembre-se o salmo 32, versículo 7, " Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento." 
E você sabe, ele faz exatamente isso!

Baseado em texto de Joni Eareckson.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Aos Pais




Aos Pais

 Aprouve ao Senhor unir um homem e uma mulher para que dessa união nós viéssemos a existir.  
O Salmo 139:14-16 mostra o posicionamento divino quanto ao nosso nascimento quando afirma: 

"Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia".  

O Senhor é o maior interessado em nossas vidas e Ele vela por nossas almas desde antes de sermos realmente formados como pessoa, portanto Ele é nosso Pai.  Mas para nascermos nessa terra temos um pai humano de quem nos tornamos filhos.
A palavra de Deus ordena aos filhos: 

"Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo." (Efesios 6.1). 

O que compete aos filhos é honrá-los, pois serão bem sucedidos neste mundo e ainda terão longa vida. Porém, alguns não tem boas memórias dos pais, alguns tiveram pais violentos, abusivos ou rudes, outros nem conheceram seus pais ou, se conheceram, foi muito pouco tempo. 
Para alguns o dia dos pais, ao invés de ser um dia de comemoração e alegria, é um dia de tristes lembranças. Para outros é um dia triste, porque, apesar de ter tido um pai que foi bom e amado, ele já partiu deste mundo.
Graças a Deus, alguns têm boas lembranças de seus pais e eles podem comemorar este dia especial. Eu me enquadro com estes, pois conheci, convivi e tenho boas lembranças de meu pai terreno.
Meu pai não pode evitar os acontecimentos de minha vida, mas sempre esteve comigo fazendo todo o possível a um ser humano para que eu pudesse estar bem. 
Muitos anos passaram desde o meu nascimento, mas mesmo depois de tantos anos eu olho meu pai e sinto o que eu sentia quando era criança e adolescente ao vê-lo do meu lado, pois eu tenho o amor de um pai sempre presente. 

Eu sou grata a Deus pelo meu pai, pois por causa dele eu posso entender o amor e cuidado de Deus para comigo. Deus não evitou os acontecimentos da minha vida, mas é um Pai que nunca me abandonou e Ele faz isso com todos. 
Gostaria de dizer que até a tristeza de alguns que não têm boas memórias dos seus pais, ou que sentem uma enorme saudade do pai que já partiu desta vida, podem se alegrar em Deus. 
Por melhor que o pai seja, um dia ele será vencido pela morte. Mas Deus não morre, Ele não vai embora. Apesar das experiências que possamos ter nesta vida Ele nunca nos abandonou. Deus está conosco, cuidando, protegendo, nos guiando pelo Seu Espírito e pela Sua Palavra. 
Deus está mais presente do que qualquer pai biológico poderia estar. Ele é o nosso verdadeiro Pai que merece o louvor de um coração sincero e grato por tudo que Ele tem feito em nossa vida.  Um dia até o melhor dos pais desta vida deixará de lhe ajudar como pai. Mas Deus não morre, ele não vai embora. Ele não esquece, e, mesmo que a luta seja longa, Ele derrota qualquer inimigo. 

"... a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de  Deus, aos que creem no seu nome;" (João 1.12)

Você tem um pai que sempre lhe amou. Apesar das experiências que teve nesta vida você tem um pai que nunca lhe abandonou, você tem um pai  que, desde antes do seu nascimento, tem trabalhado e operado para que você tivesse toda a felicidade possível a um ser humano. Este pai é o nosso Deus.
Deus está conosco, cuidando, protegendo, nos guiando pelo seu Espírito, pela Palavra. Deus está mais presente do que qualquer pai biológico poderia estar. Ele é o nosso verdadeiro Pai. Dê o louvor de um coração sincero e grato por tudo que Ele tem feito na sua vida. 
Aos pais podemos dizer que os filhos olharão e seguirão mais as suas atitudes que as suas palavras, por isso, deixe marcas que possam ser seguidas por aqueles que são parte de você.   
Pais íntegros, justos, amáveis, sinceros, honestos e tementes a Deus, serão amados e respeitados por seus filhos. Seja um desses. Ame a Deus. Ame seus filhos. Ame toda a sua família.
O pai terreno, seja ele branco, negro, mulato, índio, rico ou pobre, com recursos ou sem recursos, morando numa mansão ou numa casinha rudimentar, pós-graduado ou apenas com o primário ou mesmo analfabeto…ele é a pessoa neste mundo, cujo Senhor confiou a tarefa de fornecer a “matéria-prima” para sua existência, portanto, o valorize por tal ato de bravura. 
O que compete aos filhos é honrá-los, pois se tal acontecer, serão bem sucedidos neste mundo e ainda terão longa vida. A obediência a este mandamento vai proporcionar Deus se revelar como Pai de modo que tudo o que esperamos de nossos pais terrenos e eles falharam, Deus suprirá numa boa medida, recalcada, sacudida e transbordante e jamais falhará.
Só mesmo honrando aos pais terrenos (independente de quem ou como são) e sendo fiel ao Senhor, para permitir que Ele se revele a nós como Pai, pois, se Ele foi o primeiro a nos acompanhar nessa jornada terrena (Salmo 139), igualmente nos propiciará companhia de um paizão que espera um dia nos reencontrar lá na glória!
Quero homenagear ao meu pai e a todos os pais.

"Pai, aqui na terra tu és nosso todos os dias, tu és a imagem e semelhança do Pai que vive lá no céu. Com teu exemplo aprendi as maravilhas do certo e os enganos contidos nos erros. Com teu amor e dedicação eu aprendi a amar e aprendi a ver o mundo tal como ele é e diferenciar os caminhos que levam a felicidade daqueles que levam à perdição. 
Pai! Que Deus o cubra com o Seu poder, com Seu amor, com a Sua misericórdia, ensinando-o a ser sábio prudente, compreensivo, amoroso, justo e fiel, pois teu exemplo para mim é a viva manifestação da existência de um Deus que acima de tudo ama seus filhos, mas impões limites para que não nos entreguemos às tentações que nos afastam de seu reino. 
Ao bom Deus que é Pai, peço que abençoe a esse bom homem que é teu filho, mas que também é meu Pai. Que Deus o abençoe e o mantenha sempre em seu papel de pai terreno e firme na fé no Pai celestial. Amém. (Luis Alves) 
Eu te amo muito, pai!                                                  Parabéns! Hoje é teu dia!


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Maravilhosa Graça!




Maravilhosa Graça - Amazing Grace


Todo mundo, ou quase todo mundo já ouviu, pelo menos uma vez, a canção Amazing Grace (algo como Graça Surpreendente ), que é uma música tradicional britânica.

O que a maioria não sabe é que essa canção foi composta por um britânico de nome John Newton, no século XVIII, depois de uma conversão religiosa.

Ele tinha começado a sua carreira na Marinha Real, mas abandonou aquilo para se tornar traficante de escravos.

Conta-se que, numa das suas viagens, o seu navio foi atingido em mar alto por uma tempestade.

Newton, então, deu-se conta de que só a Graça Divina o salvaria e orou fervorosamente a Deus.A graça aconteceu: ele conseguiu escapar são e salvo com o seu navio.

Movido por aquilo, Johnn começou a ler o clássico cristão: Imitação de Cristo, de Thomas Kempis,e ainda tocado pela Luz que o havia despertado interiormente, mudou a sua vida, libertou todos os escravos que venderia e passou a ser um lutador anti-escravagista.

Compôs, então, a canção Amazing Grace, como agradecimento e um testemunho do que se havia passado com ele, no seu encontro com Deus.
É esta canção que você ouve (e vê) no vídeo anexo, que mostra uma apresentação da mesma pelos jovens do grupo vocal Il Divo, interpretando essa canção emocionante em pleno Coliseu em Roma, onde, no passado, tantas pessoas perseguidas, maltratadas e escravizadas (inclusive cristãos), encontraram um fim trágico e cruel.
Conhecendo a história, podemos apreciar ainda mais Amazing Grace e a sua interpretação única dos talentosos Il Divo... e ver como uma admirável graça pode estar nos procurando sem que apercebamos, sem que nos abramos sinceramente a ela, sejamos cristãos ou não.                    




http://youtu.be/REsypJg2a4s
TRADUÇÃO
Surpreendente Graça! Quão doce é o som  Que salvou um náufrago como eu  Eu estava perdido, mas fui encontrado  Eu estava cego mas agora vejo  Foi a graça que ensinou o meu coração a ter medo
E a graça aliviou os meus medos  Quão preciosa aquela graça apareceu  Na hora em que eu acreditei  Por muitos perigos, trabalhos pesados e armadilhas  Eu já passei  Essa graça que me trouxe em segurança de tão longe  E graça me conduzirá ao lar  O Senhor prometeu boas coisas para mim  Sua palavra segura minha esperança  Ele será o meu escudo e quinhão  Enquanto a vida durar   E quando essa carne  E o coração passarem  E a vida mortal cessar Eu terei  No vale
Uma vida de alegria e paz  Quando estivermos lá há dez mil anos   Claros e brilhantes como o sol
Não teremos menos dias para cantar e louvar a Deus  Que nos dias quando começamos   Surpreendente Graça! Quão doce é o som  Que salvou um náufrago como eu
Eu estava perdido, mas fui encontrado  Eu estava cego mas agora vejo

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quinta-feira, 31 de julho de 2014

A Tríplice Parábola de Jesus




      


  
  A Tríplice parábola de Jesus




Lucas 15:1 ao 7 – A ovelha perdida – Ministério de Jesus

Introdução

A bíblia utiliza muito a imagem da ovelha para diferenciar a pessoa que segue a Deus daquela que se desvia Dele. A comparação entre ovelhas e lobos para simbolizar o filho de Deus daqueles que são filho da ira é amplamente divulgada nas escrituras e devido ao contexto da época facilmente entendido pelas pessoas que viviam nesse contexto.
Jesus ensinava as pessoas em qualquer lugar que estivesse, ele não abria mão do ensino em qualquer oportunidade que tinha.
Os considerados pecadores pelos fariseus e pelos escribas buscavam entender e escutar Jesus nessas oportunidades, já que eram menosprezados e marginalizados pela sociedade religiosa e por causa disso pelo povo também, vivendo quase que solitárias por cauda disso.
Nesse contexto Jesus reúne tantos quantos pecadores e cobradores de impostos desejavam estar ali para poder ensinar, exortar, converter e salvar as suas almas do poder do pecado e demonstrar a Graça de Deus para suas vidas.
Pelo fato de Jesus respeitar, conversar e até comer junto com essas pessoas era julgado e contra esse tipo de julgamento Jesus se levantava e proferia seu ensino, que serve inclusive para nós nos dias de hoje.
Neste contexto, debaixo de julgamentos e muito ódio dispensado pelos escribas e fariseus vamos descobrir o outro lado da ovelha perdida.

1- Andando junto, mas deixando de seguir o Pastor de ovelhas
O Senhor começa por responder aos seus críticos perguntando-lhes: “Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?” (Lucas 15.4).
Ele afirma que mesmo eles, sendo maus e cheios de preconceitos, não seriam capazes de ignorar o balido de uma ovelha perdida. Eles não seriam capazes de deixar passar desapercebido aquele apelo ou deixar a criatura indefesa morrer sozinha.
Jesus, apesar de deixar claro que a responsabilidade do cuidado para com aquelas ovelhas também era da classe religiosa, que hoje se estende para a igreja, que deveria cuidar antes de julgar, também deixa claro que o pastor de ovelhas é Ele mesmo.
Jesus é o Pastor e quando deixamos de seguir o Senhor, mesmo estando juntos, espantamos a ovelha perdida para longe, pois os julgamentos, os preconceitos, a falta de amor faz com que a imagem de uma unidade espante aos necessitados e aos caídos. Muitas vezes a imagem que a igreja passa para os que estão necessitado é de que isso não vale a pena, isso não serve para nada, isso é só mais um modo de opressão...

2- 99 ovelhas no deserto
Podemos imaginar que as 99 ovelhas estão salvas, tranquilas e descansando perto do Pastor, mas não é essa mensagem que Jesus está passando.
As ovelhas nesta parábola representam o povo de Israel. Qualquer pessoa que ouviu a parábola da boca de Jesus reconheceria isto imediatamente, naquele contexto, naquela sociedade, essa associação era imediata.
O texto diz que essas ovelhas estavam no deserto, portanto não estavam em um curral ou aprisco, deixando claro que se tratava de ovelhas que achavam que estavam seguras, as que se achavam justas e sem pecado, então, Jesus abandona as 99 no deserto, pois elas acreditam que de nada precisam, para buscar aquela que estava perdida, consciente de sua situação de perdida, pecadora, que precisa mudar os rumos de sua vida.
A idéia aqui é a de que o Senhor veio não para “chamar os justos, mas sim os pecadores” (Marcos 2:17). Ele veio para “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10; comparar com Lucas 15:7).
Quantas e quantas vezes agimos dessa maneira, nos afastamos daqueles que acham estar salvos, que acham estar purificados, que acham que estão livres do pecado, abrimos mão de fazer a diferença entre as 99 e abandonamos o rebanho no deserto.
Lembre-se que Jesus quer cuidar e transformar a vida daquele que sabe que necessita de cuidado, que necessita de perdão, que necessita da presença do Senhor e é em cada um de nós que as pessoas poderão sentir essa necessidade, não por sermos melhor do que ninguém, mas pela misericórdia do Senhor em nossas vidas.
Devemos ter consciência de que todos pecaram, todos carecem da Graça de Deus sobre suas vidas.

3- Uma ovelha perdida buscando algo diferente
É um fato interessante que todo o povo de Israel era visto pelos profetas como ovelhas perdidas que precisavam ser encontradas e resgatadas, mas o problema era que muito poucos em Israel reconheceram a sua condição de perdidos, os restantes sentiam-se bastante bem com eles mesmos. Estavam cheios de si mesmos, homens que não reconheciam seus pecados e suas falhas, que muito julgavam o próximo e pouco a suas vidas.
A condição da ovelha perdida é a mesma condição daquele que está buscando alívio para sua alma. Se por um lado ela não agüentou tanto julgamento e preconceito em sua vida, por outro lado Jesus a carregou em seus braços para a sua casa. Vejam bem que a ovelha perdida não volta para o deserto, pois o deserto é lugar de sofrimento, de desilusão, de aprendizado, ela já aprendeu que precisa da Graça de Jesus em sua vida.

4- Em casa com amigos
E então ele continua a descrever a satisfação quando a ovelha perdida é encontrada. Colocando a criatura nos seus ombros, o pastor a traz para casa e chama os seus amigos e vizinhos para se alegrarem com ele.
Essa ovelha passou pelo deserto, aprendeu que necessita de algo mais para sua vida que só Jesus pode dar, que não é algo material, palpável, mas a paz que um aprisco rodeado de amigos pode proporcionar.
Amigo cuida do outro, corrige e trata do outro. Enche a vida do outro de alegria e de cuidado. Amigo não julga, não tem preconceito e não derruba o seu próximo, assim deve ser a igreja de Jesus, é esse avivamento que as pessoas estão buscando.
Sempre que há uma vida que se conscientiza dos seus pecados, da sua situação diante de Deus, da necessidade de renovar essa aliança, essa vida recebe uma porção de amigos e vizinhos, que irão dar força, crescimento e apoio para essa ovelha que estava perdida, mas se encontrou com Jesus.
Então festejam por aquela ovelha perdida que permitiu ser encontrada pelo filho de Deus.

Fechamento

Tenhamos em nossa mente a nossa situação diante de Jesus, Ele é nosso Salvador.
Nossa situação de ovelha do aprisco de Deus não nos permite achar que somos melhores do que ninguém, que somos merecedores de porções maiores ou agrados maiores por causa disso.
Nossa posição de ovelha é seguir o nosso Pastor a fim de não nos tornarmos ovelhas abandonadas no deserto com o nosso coração endurecido, com a nossa mentalidade deturpada e com a nossa consciência cauterizada diante da verdade do Pai.
Não somos um grupo de perfeitos homens e mulheres, agraciados com tudo o que o Pai tem para nos dar, mas somos um grupo de homens e mulheres cheios de pecado, cheios de falhas, cheios de  julgamentos e preconceitos e precisamos a todo instante sermos lavados pelo sangue do cordeiro a fim de nos purificar de nossas vontades humanas para nos entregarmos a vontade de Deus afim de que ela se cumpra em nossas vidas.

Lucas 15:8 ao 10 - A “dracma” perdida – Ministério da Igreja de Cristo.

Introdução
Vimos a questão do povo de Israel e das ovelhas, de como 99 pensavam estar salvas e apenas uma tinha a consciência de que estava perdida e necessitava voltar ao caminho, mas não sabia como, não tinha meios para isso. Vimos ser ligado a o ministério de Jesus e a sua obra, que foi rejeitada pelos Judeus, onde apenas 1% pode ser restaurado pelo mestre.
Quem é essa mulher?

Em primeiro lugar, o fato de que a mulher, e não o Próprio Senhor, é enviada a procurar a dracma, indica que esta parábola fala de um tempo em que o Seu povo, e não Ele, procurava os perdidos em Israel. Indica uma questão de “valor” pela vida e não de sentimento, compaixão, como no caso da ovelha, indica que as pessoas possuem muito valor sentimental, apesar de serem comparadas a uma dracma, moeda de valor tão baixo.

Podemos dizer que a mulher citada nessa parábola representa a igreja primitiva e a sua continuidade até os dias de hoje e seu ministério, resgatando vidas para Cristo, e para época, instituída por Cristo para anunciarem em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra, devendo apresentar, segundo a parábola um resultado de 10%, ou seja, algo maior do que o próprio Cristo havia alcançado em seu ministério, pois a igreja teria muitos e muitos anos para realizar essa obra.

O que representa a dracma perdida?

As dez moedas de prata, correspondentes a dez dias de salário, poderia ser a poupança da família. As moedas também podem ter sido o dote da mulher pelo seu desposamento, vestida como um ornamento nupcial.

Nos tempos de Cristo era costume o noivo dar a sua noiva um sactel ou colar com dez ou doze moedas o “draconario”, representando assim o seu compromisso com ela (sinal profético da perpetuação de sua geração, respeito, honra), era obrigação da mulher cuidar deste “draconario” e usá-lo no dia de seu casamento. Trazendo para os dias de hoje, se você é casado, imagine-se perdendo a sua aliança de casamento.

Ambas as teorias podem ser verdade, pois explicam a urgência da busca da mulher e a extensão da sua alegria quando a moeda que falta é encontrada.
Essa mulher havia perdido uma dracma, que é uma moeda grega de prata que valia aproximadamente um denário romano, ou um dia de salário de um trabalhador, pouco menos de 4 gramas de prata, 3,6 gm para ser exato.

Tanto ao representar as suas economias (por causa do seu valor) como, por ser o seu dote de casamento, essas moedas tinham um valor também sentimental. Perder uma dessas moedas era vergonhoso e inconcebível.
1- Uma perda
Ninguém roubou, não se pode atribuir as perdas ao inimigo, pois nós perdemos, foi por falta de atenção, dedicação ou compromisso, mas a falha é nossa, ninguém tem nada a ver com isso. Perdeu-se uma moeda com um valor muito pequeno, mas com um valor sentimental muito grande.
Essa perda demonstraria relaxo, falta de atenção, desrespeito com algo tão importante. E o pior: Uma perda – Não foi na rua, mas dentro de casa. Uma dracma simboliza aqui algo valioso para a pessoa que perdeu. E foi perdido dentro do convívio familiar, no convívio da igreja, no local onde a presença de Cristo deveria ser enfatizada e lembrada sempre.
Valores perdidos devido ao descuido: paciência, compreensão, dedicação ao serviço, harmonia, respeito, paz, primeiro amor, oração, devocional diária, leitura e meditação na Palavra, fé, temor, etc.

A – A dracma é o crente perdido dentro da Igreja.

Ele não tem consciência de que está perdido.
Ele não pode ser usado.
Ele não sabe o que esta acontecendo.
Ele pode ser levado para qualquer lugar.

B – A dracma é a figura daquela pessoa que se valoriza acima dos outros.
Isola-se por entender que seu valor pessoal e é prejudicado enquanto não está envolvido com os outros. Não entende que só vale muito pouco e assim não agrega valor para o próximo, e não representa “valor sentimental” para ninguém. Utiliza-se das sombras da casa para se ocultar. Acaba cercada de escuridão e muita poeira. Sua única companheira é a solidão, porque escolheu estar assim.

C – Uma dracma perdida não pode ser usada. 
Aquela dracma que antes corria os mercados, lojas, lares e até mesmo acompanhava as grandes e longas caravanas, agora, era prisioneira de sua perda. Perdida em casa. Uma dracma sozinha poderia ser uma esmola razoável, mas unida a outras, porém, um tesouro valioso. Muitos vivem dizendo: “A mim ninguém usa!”, mas não se permitem serem usados também e assim perdem com isso a alegria que só quem é servo pode descrever.

2- Acendeu a candeia

As casas na Palestina não tinham tantas portas e janelas como as de hoje. Se quisermos encontrar o que se perdeu, precisamos também de luz: a luz da Palavra. A candeia é um símbolo da Palavra de Deus. No escuro não se encontram os valores perdidos. O que se perde de importante em nossa vida só poderá ser reencontrado sobre a luz da palavra do Senhor.
A Luz para nossas vidas é a ação reveladora do Espírito Santo ao homem.
 3- Varreu a casa

A mulher teve coragem de mexer e remover do lugar muita coisa. Ela teve iniciativa e esforço. Ela enfrentou o desconforto e a comodidade. Ela levantou muita poeira ao varrer cada canto da casa à procura do seu tesouro perdido. Não devemos desistir jamais, pois o desconforto da busca não deve nos privar da alegria do encontro.

A sujeira impede de encontrar a moeda, valor perdido, ela vai penetrando na alma do homem (pelo sistema corrupto, mídias, malícias, etc), de tal forma que nos acomodamos a esse mundo, deixando de lado o que realmente importa. O sangue de Jesus retira a sujeira de nossas vidas, devemos varrer para longe onde ela não nos incomoda.

4- Procurou com diligência até encontrar

Notem duas coisas que essa mulher fez: primeiro, sua procura foi meticulosa; segundo, sua procura foi perseverante. É dessa maneira que devemos procurar aqueles que se perdem e se desviam. É necessário ter disposição para o conserto, pois Deus não dá nada para quem não valoriza!
Diligência = qualidade da busca
Perseverança = duração da busca
É preciso ter fé, perseverança e mão se conformar com as perdas.
Com empenho – dedicação – determinação!
  
5- Alegrou-se com amigas

Quando a mulher descobre que perdeu uma moeda, ela “acende uma candeia, e varre a casa, e busca diligentemente até a achar”. Então ela chama as suas amigas e vizinhas para se alegrarem com ela por ter encontrado o seu dinheiro. Encontraram-se para celebrar, é necessário celebrar o valor de uma vida restaurada.
O testemunho da ‘reconquista’ desperta outros para crerem.
Interessante que no original em grego, os "amigas e vizinhas" são também do sexo feminino. Seriam outras igrejas contemplando e celebrando o crescimento do corpo de Cristo??? Sim...

A mulher perdeu a moeda no recesso do lar, sob as sombras do anonimato, mas ela celebrou o encontro da dracma publicamente sob os auspícios da luz. As outras pessoas devem conhecer nossas vitórias e participar das nossas alegrias.

Fechamento
O que é necessário para reencontrar a dracma perdida?
I. Luz.

II. Limpeza.

III. Procurar.

Lucas 15: 11-32 – Filhos perdidos -  Tribulação 
Introdução
Essa é a terceira parte da parábola tripla contada por Jesus para deixar claro na mente dos judeus que Deus ama e busca ter relacionamento com toda a humanidade, mesmo eles rejeitando essa ideia.
Essa terceira parte é de forte impacto para aqueles ouvintes e possui muitos significados para nós, mas eu gostaria de me ater ao que Jesus estava querendo transmitir aos judeus, o impacto dessa mensagem e o resultado que Jesus esperava conseguir daquela gente, no contexto da mensagem e qual a situação daquelas pessoas de acordo com o que estava acontecendo com o povo na época.

1-   Certo homem que tinha dois filhos

Essa imagem de que o Pai é a figura de nosso Deus já é uma imagem consolidada e realmente inabalável. Não podemos contestar a figura de Deus nessa parábola, já que a descrição que Jesus dá desse Pai é diretamente atribuída a Deus. È assim mesmo que Jesus queria demonstrar para aqueles escribas, fariseus e judeus que reclamavam de sua aproximação com os ”pecadores”, de sua doutrina de inclusão e de sua atenção dispensada para aquelas pessoas consideradas a escória da sociedade.

Quem eram os dois filhos?
Um era o povo judeu (considerados puros, filhos de Deus, cumpridores de todos os mandamentos) e o outro os gentios (perdidos, pecadores, os considerados impuros pela sociedade judaica).
Ao contar a parábola, os judeus que a ouviam já tinham em sua mente essa imagem formada, era uma informação automática e ao mesmo tempo impactante para aquela sociedade, que realmente era dividida pelos judeus entre os judeus e o resto do mundo.
Nesta parábola é o filho mais novo que é “perdido” e depois “achado”. É para ele que o banquete é feito, o banquete no qual o irmão mais velho recusa participar. E isto é importante. Foi principalmente a geração mais nova que seguiu o nosso Senhor. Em geral, a geração mais velha não sentiu necessidade de arrependimento. Os fariseus e os saduceus, os escribas e os doutores da Lei, os principais dos sacerdotes e os principais do povo, todos eles se sentiam “suficientemente bons”.
Mas a geração mais velha, que “não necessita de arrependimento” ficará, tal como o filho mais velho, de fora do banquete por sua própria escolha.

2-   Divisão da herança com o Pai vivo

Receber herança não é mérito. É um dom gratuito. A herança dos dons de Deus está distribuída entre todos os seres humanos, tanto judeus como pagãos, tanto cristãos como não-cristãos. Todos têm algo da herança do Pai. Mas nem todos cuidam da mesma maneira. Assim, o filho mais novo parte para longe e gasta a sua herança numa vida dissipada, esquecendo-se do pai.
Dividir a herança enquanto o pai estivesse vivo era um grande insulto, era exatamente como considerar o Pai morto, por isso o irmão mais velho deveria recusar a petição de seu irmão mais novo e intervir como um conciliador.

Com isso, o pai cede ao filho a posse e a disposição dos bens demonstrando um ato de amor sem precedente que dá liberdade até para rejeitar a pessoa que ama enquanto o filho mais velho aceita silenciosamente sua parte negando-se a desempenhar o seu papel de conciliador deixando evidente que havia problemas no seu relacionamento tanto com seu pai quanto com seu irmão.
Ambos os filhos fracassaram na tentativa de viverem juntos, em unidade com seu pai. Tanto os judeus, quanto os gentios.

3-   Tratando de porcos e se arrependendo
Tratar porcos era para o judeu uma ofensa sem tamanho, tanto por ser os porcos animais imundos dos quais o judeu sequer tocava, quanto por serem criados por gentios para o suprimento do império romano, os principais consumidores de carne suína na região, mas a miséria fez com que essas coisas não tivessem mais importância na vida desse jovem, chegando ao ponto de desejar comer a comida dos porcos, ou seja, o sentimento de imundícia já teria chegado ao extremo na vida dele e essa era a condição de vida de milhões de escravos no império romano no tempo de Lucas.
Com isso ele se arrepende do que fez e deseja retornar a casa de seu Pai e servi-lo
Que mudança foi operada neste jovem! Antes ele dizia “dá-me”, agora pede “faze-me”. Antes ele exigia tudo a que tinha direito, agora reconhece que não merece nada.
O filho mais novo quer ser cumpridor da lei, como o queriam os fariseus e escribas no tempo de Jesus. Ele se apresenta ao seu Pai com a intenção de servi-lo e de cumprir todos os seus mandamentos, tendo com ele uma relação fria e distante, sem intimidade e sem comunhão.

4-   Sendo recebido com festa

O Pai recebe seu filho ainda distante, sai ao seu encontro. A atitude amorosa do pai ao abraçar e beijar seu filho considerado imundo, e, conseqüentemente morto (afinal ele havia negado seu Pai e considerado ele como morto ao requerer a sua herança) pelas leis de pureza judaicas.
Isso era uma crítica contra a postura judaica de violência e exclusão dirigida aqueles que não se enquadravam nas regras de pureza dos judeus. O perdão imerecido era o oposto do que era esperado. Em vez de provar a hostilidade, o rapaz entra na aldeia sob o cuidado e proteção do pai.
Conforme o nosso modo humano de pensar e de sentir, a alegria do Pai parece exagerada! Nem deixa o filho terminar as palavras que tinha preparado. Nem escuta! O Pai não quer que o filho seja seu escravo. Quer que seja seu filho! Foi isso que Jesus fez por nós, nos tornou filhos de Deus, restabeleceu essa relação que estava desfeita quando nós O consideramos morto.

5-   O legalismo nunca celebra essa festa
Túnica nova, sandálias novas, anel no dedo, churrasco, festa! Nesta alegria imensa do reencontro, Jesus deixa transparecer a grande a tristeza do Pai pela perda do filho. Deus estava muito triste e vendo o tamanho da alegria do Pai quando reencontra o filho, ela deve ser partilhada com todo o mundo na festa que ele manda preparar.
O filho mais velho, que representa os judeus, ou os “que não necessitam de arrependimento”, não gosta da festa e não entende a alegria do Pai. Sinal de que não tinha intimidade com o Pai, apesar de viver na mesma casa. Pois, se tivesse, teria notado a imensa tristeza do pai pela e teria entendido a alegria dele pela volta do filho.
Quem fica muito preocupado em observar a lei de Deus corre o perigo de esquecer o próprio Deus! O filho mais novo, mesmo longe de casa, parecia conhecer o pai melhor que o filho mais velho, que morava com ele na mesma casa! Pois o mais novo teve a coragem de voltar para a casa do pai, enquanto o mais velho não quer mais entrar na casa do pai! Ele não se dá conta de que o pai, sem ele, vai perder a alegria. Pois também ele, o mais velho, é filho do mesmo jeito que o novo
O pai sai da casa e suplica ao filho mais velho que entre. Mas este responde julgando a atitude do irmão maliciosamente. “esse seu filho, que devorou seus bens com prostitutas”.
O mais velho também quer festa e alegria, mas só com os amigos. Não com o irmão, nem com o pai. Um grande erro de quem é legalista, pois acredita que só os que seguem seus ritos são “salvos” e acabam desprezando o próprio Pai e os outros irmãos com essa atitude, tão condenada por Jesus.
Ele nem sequer chama o mais novo de irmão, mas “esse seu filho”, como se não fosse mais irmão dele. A atitude do pai é outra. Ele acolheu o filho mais novo, mas não que perder o filho mais velho. Os dois fazem parte da família. Um não pode excluir o outro.
Da mesma maneira como pai não deu atenção aos argumentos do filho mais novo, assim também não dá atenção aos argumentos do mais velho. Será que o mais velho tinha realmente consciência de estar sempre com o pai e de encontrar nesta presença a causa da sua alegria?
A expressão do pai “Tudo que é meu é teu!” inclui também o filho mais novo que voltou! O mais velho não tem o direito de fazer distinção. Se ele quer ser mesmo filho do Pai, terá que aceitá-lo do jeito que ele é e não do jeito que ele gostaria que o Pai fosse!
Fechamento
A parábola não diz qual foi a resposta final do irmão mais velho. Isto fica por conta do próprio irmão mais velho! Fica por nossa conta.
Tantas e tantas vezes nos colocamos na posição desse filho mais novo e na posição desse filho mais velho, que nem sabemos o que responder ao nosso Pai. A parábola visa despertar em nós a real sentimento de ser filho do Pai, de festejar e de se alegrar na Sua presença e celebrar a vida que é restaurada a cada momento através de Seu amor.
                                                                     Pastor Reynaldo Bragante